domingo, 22 de abril de 2012

Eliane Cantanhêde: Três Poderes


Por: Folha de S.Paulo 


BRASÍLIA - A República é formada por três Poderes independentes, Executivo, Judiciário e Legislativo. E eles estão pegando fogo.

O Legislativo, o mais tradicional saco de pancadas, está criando uma CPI para investigar tudo e todos, inclusive membros dos próprios três Poderes que andaram perigosamente próximos de cachoeiras, macacos, cachorros e outros bichos.

O Judiciário está de dar dó. Nunca antes na história deste país -sem exagero- os ministros do Supremo se xingam tanto publicamente. Cezar Peluso saiu da presidência do tribunal acusando a presidente da República de desrespeitar a Constituição e o colega Joaquim Barbosa de ser populista, inseguro e temperamental.

Não bastasse, Barbosa, que é relator do mensalão e vai assumir a presidência da mais alta corte do país em sete meses, reagiu em entrevista a Carolina Brígido, do "Globo", despejando os seguintes adjetivos sobre Peluso: "ridículo", "brega", "caipira", "corporativo", "desleal", "tirano", "pequeno", "imperial".

Dá para acreditar numa coisa assim? São esses, nesse clima, que vão julgar o mensalão, um dos casos mais complexos em décadas.

Enquanto isso, o Executivo, que defenestrou sete ministros, faz que não é com ele. A presidente Dilma disse -muito bem, aliás- que vai manter "uma posição absolutamente de respeito" ao Congresso e, portanto, aos trabalhos da CPI.

E quem conhece um pouco do palácio do Planalto diz que o andar do gabinete presidencial parece estar num outro mundo: ninguém fala em CPI, só em economia.

Aparentemente, é ótimo. Enquanto parlamentares e magistrados se engalfinham, a presidente pensa no crescimento, na desoneração das empresas, na garantia de empregos e de salários. Na normalidade, enfim.

Tomara, sinceramente, que dê certo, mas governos não lucram com CPIs e podem perder muito. Depende das torrentes do Cachoeira.


Ato marcará pre-candidatura de Manente


PSDB fecha apoio a Alex Manente em S. Bernardo na segunda-feira

“Eu acho que o Alex Manente é um excelente pré-candidato, preparado, sério e vai fazer um bom trabalho”, afirma o governador Geraldo Alckmin, que se empenhou pessoalmente, assim como o coordenador regional do PSDB e ex-prefeito William Dib, para viabilizar esta aliança.

O apoio do PSDB à pré-candidatura do deputado estadual Alex Manente (PPS) para a Prefeitura de São Bernardo do Campo, na região do tradicional ABC paulista, será anunciada nesta segunda-feira (23), com um grande ato político às 19h.

Além de Alckmin, são esperadas as presenças do presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP); Soninha Francine, candidata do PPS à prefeitura de São Paulo, do secretário Davi Zaia e José Serra, dentre outras lideranças, além de dirigentes do PMN, PHS e PRP - outros partidos que vão formar a coligação.

A chapa à prefeitura deve reunir Alex Manente com o presidente do PSDB local, Admir Ferro, como pré-candidato a vice. “É a oportunidade para nossos filiados e simpatizantes conhecerem os pré-candidatos dos partidos aliados e vice-versa. Os líderes vêm para endossar essa união”, resume o tucano Ferro.

“Reunimos grandes quadros e tive a oportunidade de sugerir o nome ideal de vice. Admir Ferro é uma pessoa experiente, conviveu com o meu pai (o ex-secretário de Obras e presidente da Câmara Otávio Manente, que morreu há um ano). Vai agregar muito”, afirma Alex Manente.

Encontro partiárido PPS/PSDB

Data: 23 de abril
Horário: 19h
Local: Associação dos Funcionários Públicos (Rua 28 de outubro, 61 – Centro de São Bernardo)

Em viagem oficial Sandro Alex (PPS-PR) não pode assinar a CPI do Cachoeira

Deputado Sandro Alex - PPS/PR
 Ontem, 21 de abril, o Deputado Federal e Líder do PPS na Câmara Federal, o Deputado Federal Rubens Bueno (PPS-PR) explicou a razão de não constar o nome do Deputado Sandro Alex (PPS-PR) não constar como signatário da CPI do Cachoeira.

Segundo Rubens Bueno, Sandro Alex, não pode assinar pois se encontra em viagem oficial ao exterior, e que o mesmo segue a orientação do Partido quanto a todas as decisões tomadas em relação da CPI do Cachoeira. 

CPI: PPS vai pedir quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico da Delta e das empresas de Cachoeira

O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), anunciou nesta quinta-feira (19/04) que a primeira ação do partido na CPMI do Cachoeira será a apresentação de pedido de quebras de sigilos bancários, fiscal e telefônico da Construtora Delta e das empresas do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Os requerimentos do PPS devem atingir ainda as contas pessoais do contraventor, de familiares e das pessoas apontadas pela Polícia Federal como seus “laranjas”.

“As investigações feitas até agora apontam que dinheiro da construtora era repassado para empresas de fachada do bicheiro e acabava irrigando um esquema de financiamento de campanha e pagamento de propina. A quebra dos sigilos é fundamental para que isso fique comprovado. Se queremos uma CPI para valer, temos que iniciar os trabalhos com o recolhimento de provas”, ressaltou Bueno, após a sessão do Congresso que leu o requerimento de criação da CPI.

Para o líder do PPS, nesse primeiro momento a tomada de depoimentos, como do presidente da Delta, Fernando Cavendish, de Cachoeira e do senador Demóstenes Torres, pode ser importante para marcar o início dos trabalhos, mas a CPI tem de ir além. “Com as informações recolhidas com as quebras de sigilo, provavelmente teremos que chamá-los novamente”, alertou o deputado, que será membro titular da CPI.

Rubens Bueno ressaltou ainda que a CPI não deve servir de palco para a disputa política entre governo e oposição. “Essa CPI é uma reafirmação do papel fiscalizador do Parlamento. Por isso, precisamos realizar um trabalho sério, que possa apontar os responsáveis por esse esquema de corrupção que atinge o Legislativo, os governos federal, estaduais e municipais e o meio empresarial. É uma CPI para dar um basta na corrupção que se entranha nos poderes da República. Para fornecer elementos que possibilitem o Ministério Público denunciar os responsáveis pelos crimes praticados contra o patrimônio público. E, além disso, fornecer subsídios para que a Advocacia Geral da União possa resgatar o dinheiro desviado”, disse o parlamentar.