domingo, 22 de abril de 2012

CPI: PPS vai pedir quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico da Delta e das empresas de Cachoeira

O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), anunciou nesta quinta-feira (19/04) que a primeira ação do partido na CPMI do Cachoeira será a apresentação de pedido de quebras de sigilos bancários, fiscal e telefônico da Construtora Delta e das empresas do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Os requerimentos do PPS devem atingir ainda as contas pessoais do contraventor, de familiares e das pessoas apontadas pela Polícia Federal como seus “laranjas”.

“As investigações feitas até agora apontam que dinheiro da construtora era repassado para empresas de fachada do bicheiro e acabava irrigando um esquema de financiamento de campanha e pagamento de propina. A quebra dos sigilos é fundamental para que isso fique comprovado. Se queremos uma CPI para valer, temos que iniciar os trabalhos com o recolhimento de provas”, ressaltou Bueno, após a sessão do Congresso que leu o requerimento de criação da CPI.

Para o líder do PPS, nesse primeiro momento a tomada de depoimentos, como do presidente da Delta, Fernando Cavendish, de Cachoeira e do senador Demóstenes Torres, pode ser importante para marcar o início dos trabalhos, mas a CPI tem de ir além. “Com as informações recolhidas com as quebras de sigilo, provavelmente teremos que chamá-los novamente”, alertou o deputado, que será membro titular da CPI.

Rubens Bueno ressaltou ainda que a CPI não deve servir de palco para a disputa política entre governo e oposição. “Essa CPI é uma reafirmação do papel fiscalizador do Parlamento. Por isso, precisamos realizar um trabalho sério, que possa apontar os responsáveis por esse esquema de corrupção que atinge o Legislativo, os governos federal, estaduais e municipais e o meio empresarial. É uma CPI para dar um basta na corrupção que se entranha nos poderes da República. Para fornecer elementos que possibilitem o Ministério Público denunciar os responsáveis pelos crimes praticados contra o patrimônio público. E, além disso, fornecer subsídios para que a Advocacia Geral da União possa resgatar o dinheiro desviado”, disse o parlamentar.

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