CIRCULAR
JPS BRASIL
CC-001/2012
Coordenadores da JPS,
Consciente de suas responsabilidades históricas, e também de seus
compromissos com o combate a todas as formas de corrupção, luta fortemente defendida
pelos brasileiros, a Juventude Popular Socialista, deflagrou no ultimo dia 06 de
março, na Câmara Federal, estratégia para a “mobilização nacional contra A
CORRUPÇÃO”
Em reunião com representantes da JPSDB, e do JDEM, ficou-se decidido que
as juventudes dos partidos que hoje fazem oposição ao Governo posto atuariam em
cooperação na luta contra a corrupção que assola a nossa nação. E o ato inicial
da parceria dessas juventudes será a organização de um movimento que deve
transcender para outras forças políticas preocupadas com a morosidade e a
silenciosa pressão realizada por forças que ainda transitam nas estruturas do
Governo Federal, junto aos ministros do STF – Supremo Tribunal Federal, O JULGAMENTO DOS MENSALEIROS. Para
tanto, segue abaixo, calendário de ações
a ser observado pelas juventudes para a realização dos manifestos.
Portanto, é necessário que os representantes da JPS em cada estado
procure entrar em contato com os membros das demais juventudes, supra citadas,
para a realização desse movimento, devendo todos participar ativamente da
organização em seus estados para que possamos ter êxito em nosso objetivo
maior, que é a promoção de sociedade mais justo, ética e decente para todos os
brasileiros.
Ousar Lutar, Ousar Vencer.
Coordenação Nacional JPS
Brasília, 12 de março de 2012.
Manifesto
PELO JULGAMENTO IMEDIATO DOS
MENSALEIROS
Fortalecendo
as instituições democráticas e a independência constitucional dos Poderes
Os Poderes da República estão corroídos com diversos agentes corruptos,
a leniência invade decisões e avança a cada dia junto a aqueles que deveriam
zelar por nossa Constituição Federal, o temos de que o atual partido que está
há mais de oito anos no poder completará a maioria na mais Alta Corte de
Justiça do país torna este ambiente ainda mais grave.
O Governo erra gravemente ao não dotar o Brasil de uma nova postura
ética na política, contaminada por práticas fisiológicas e assistencialistas, estas
alimentadas a partir do próprio Executivo, despejando nos brasileiros uma
avalanche de colaboradores corruptos, grupos criminosos que são responsáveis
por programas que envolvem milhões de reais, ou uma velada pressão em busca da
absolvição dos quarenta criminosos denunciados pela Procuradoria Geral da
República perante o STF.
O País continua atravessando a mais grave crise política da história
republicana, nem com a dissimulada imagem da atual presidente da República, que
chegou a ser parabenizada pela dita
‘limpeza ética’ no governo de seu próprio Partido, fizeram com que denúncias
trazidas a público e as investigações até agora realizadas pelo Ministério
Público, pela Polícia Federal e pela imprensa impedissem a manutenção de feudos
corruptos no governo petista. O pagamento do chamado mensalão a parlamentares
e o uso corriqueiro do caixa 2, uma
modalidade espúria de financiamento das campanhas eleitorais, são células
cancerígenas que ainda estão longe de
serem extirpadas do Brasil.
Acreditamos que a partir do julgamento do Mensalão, queiram ou não os
seus políticos e governantes, a política vai ser passada a limpo, o Supremo
Tribunal Federal (STF), ainda integrado por magistrados competentes e com um
nome a zelar, não pode mais postergar o julgamento que teve como base na denúncia
do procurador-geral da República contra os quadrilheiros do mensalão. Denúncia,
aliás, referendada pelo brilhante relatório do ministro Joaquim Barbosa.
Um Governo que tem altos índices de aprovação, mas leniente com casos de
corrupção e tolerante com patentes desvios éticos de seus subordinados, é tão
perigoso quanto a força bruta de uma tropa de choque. Se os princípios não
valem, valerá a vontade do príncipe. É só uma questão de tempo.
Caminhamos para a prescrição de diversos crimes que integram a denuncia,
paralelamente a isso, a sociedade vê perplexa que muitos mensaleiros continuam
nas esferas de poder, como o caso da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da
Câmara que é a mais importante da Casa, destinada a apreciar a
constitucionalidade de todos os projetos que tramitam no Congresso. Mas, por
mais paradoxal que seja, foi presidida em 2011 pelo deputado João Paulo Cunha
(PT-SP), réu no processo do mensalão. O petista, indiciado no Supremo Tribunal Federal
(STF) por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e apropriação indevida de
dinheiro ou bens públicos, é acusado de sacar R$ 50 mil do Banco Rural,
instituição em que foram realizadas as operações do esquema. Sob suspeição e
com julgamento previsto para este ano, João Paulo foi indicado sem nenhum
constrangimento pelo PT de São Paulo, mesmo reconhecendo que o escândalo ainda
o “atormenta”. Recebeu 54 dos 56 votos.
Os outros cinco mensaleiros eleitos no pleito de outubro integraram
comissões importantes da Câmara dos Deputados. Ficaram responsáveis por tratar
de questões consideradas chave para o País, como o acordo de Itaipu, o
financiamento público de campanhas, o trabalho escravo e o crédito agrícola.
Acusado de receber R$ 120 mil da empresa S2 Participações, do publicitário
Marcos Valério, o petista José Mentor (PT-SP) fez companhia a João Paulo na
CCJ.
O deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) também réu no Supremo, está entre
os 41 parlamentares escalados para a Comissão Especial da Reforma Política, que
cuidará da reformulação do sistema político-eleitoral do País. “Instalaram uma
comissão de suma importância para a qual os maiores partidos parecem não ter
zelo algum na relação de seus indicados”, criticou Chico Alencar (PSOL-RJ).
Outros que conseguiram espaço em importantes fóruns de debate e deliberação do
Congresso foram os deputados Sandro Mabel (PR-GO), denunciado no processo do
mensalão por tentativa de cooptação de parlamentares, e Josias Gomes (PT-BA),
que teria recebido R$ 100 mil de Valério. Foram membros titulares da Comissão
do Trabalho e Agricultura, respectivamente.
Em termos de documentação processual,
o mensalão petista é o maior da história do STF. São 49 mil páginas
divididas em 233 volumes principais e 495 livros de documentos anexos que
ocupam quatro estantes no anexo II da sede do STF, em Brasília.
Os documentos deixam clara a convicção do PGR e do ministro do STF de
que existiu um esquema destinado a compra de apoio no Congresso, e de que tal
esquema foi organizado pelo dito “núcleo central”, supostamente formado por
Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares.
Surge, então, uma preocupação que deveria ser de cada cidadão
brasileiro, de que possa vir a existir algum tipo de pressão externa que induza
a Suprema Corte de Justiça do país a julgar o caso sob viés político, (o STF
brevemente terá a maioria de seus ministros nomeados pelo atual Governo, que é
de continuidade).
Diante desta gravíssima realidade, a JPS conclamará as forças de
oposição e demais movimentos democráticos, para esta importante luta!
Calendário de Ações
Dia 12 - Circular interna das
juventudes informando a seus militantes e dirigentes as definições; Dia 15 - inicio das articulações
estaduais para ato publico em locais estratégicos das capitais do país e
cidades com mais de 100 mil eleitores;
Dia 20 – Divulgação da convocatória do movimento estadual com
hora, data e locais;
Dia 31 - Ato simultâneo em todos os
estados pressionar o STF pelo julgamento dos 40 mensaleiros.